quinta-feira, maio 28, 2015

Organização: Livros na Feira

Inicia-se hoje a 85ª Feira do Livro de Lisboa, o que significa também uma nova oportunidade para adquirir exemplares dos meus livros.
Para começar, os mais recentes, editados pela Fronteira do Caos, que deverão ser encontrados nos pavilhões da sua distribuidora, a Gradiva (B-56/B-58/B-60): «Mensageiros das Estrelas – Antologia de Contos de Ficção Científica e Fantástico» e «Um Novo Portugal Ideias de, e para, um País». E ainda: «Poemas» de Alfred Tennyson e «A República Nunca Existiu!» na Saída de Emergência (D-26/D-28/D-30/D-32); «Espíritos das Luzes» na LeYa/1001 Mundos (C-43); e «Os Novos Descobrimentos – Do Império à CPLP: Ensaios sobre História, Política, Economia e Cultura Lusófonas» na Almedina (A-48/A-50/A-52/A-54). Perguntem, peçam… e «protestem» ;-) se não os encontrarem, se lá não estiverem. Quanto a «Visões»… só, talvez, em algum alfarrabista presente no Parque Eduardo VII até 14 de Junho, porque a sua editora (Hugin) já faliu há 10 anos.
Porém, e obviamente, não são só as obras da minha autoria (total ou parcial) que merecem ser compradas. Aproveitando igualmente o facto de nesta data começar a edição de 2015 do mais importante acontecimento literário nacional, publiquei hoje no Simetria um texto com uma selecção dos livros de Ficção Científica e Fantástico em língua portuguesa ainda à venda no nosso país, cuja lista comecei a elaborar no âmbito da iniciativa com o FantasPorto «Bolsa de Guiões».      

domingo, maio 24, 2015

Observação: Apologia de assassinos

O que mais surpreende, e indigna, na defesa que José Alberto Carvalho fez dos regicidas de 1 de Fevereiro de 1908, em especial Manuel Buíça, na emissão do Jornal das 8 da TVI no passado dia 21 de Maio, não é tanto a «justificação» de que eles, ao assassinarem o Rei D. Carlos e o seu filho, o Príncipe Luís Filipe, estavam a defender os valores democráticos, a «liberdade, igualdade e fraternidade»…
… Porque há mais de 100 anos que os republicanos, de Afonso Costa aos seus «sucessores» na actualidade, com a colaboração permanente do Grande Oriente Lusitano e dos que lhe obedecem, procedem a uma permanente falsificação da História de Portugal, a uma doutrinação que equipara – erradamente – (um)a Monarquia à ditadura e (um)a república à democracia, e que desculpabiliza e até incentiva o(s) crime(s) que eventualmente ajude(m) a passar-se de uma para outra. Ter uma educação de âmbito universitário, e, logo, a obrigação de se conhecer melhor os factos, e/ou ter como profissão a de jornalista, o que obriga(ria) a procurar a isenção e o rigor, são circunstâncias irrelevantes neste país que despreza a ética (a verdadeira, não a republicana) e o mérito e que valoriza o conformismo e a mediocridade.
Não: o que mais surpreende e indigna é que José Alberto Carvalho tenha tomado essa atitude na (nova) sede de uma instituição fundada por uma mulher que era esposa e mãe dos homens assassinados no Terreiro do Paço naquela funesta data. O que JAC fez foi como cuspir, ou até c*g*r, na casa de vítimas de crimes, e sobre os seus caixões. E não está arrependido, nem pediu desculpa: não o fez quando o Correio da Manhã o contactou no dia seguinte, e não o fez hoje aquando da emissão do noticiário principal do quarto canal, apesar de ter reconhecido, aquando da conversa semanal com Marcelo Rebelo de Sousa, que provavelmente se tratou de um momento «menos conseguido», «menos feliz», da sua parte; o professor, «simpático» para com o seu anfitrião, lá tratou de ir buscar episódios sangrentos da guerra civil entre absolutistas e liberais para (tentar) atenuar e relativizar a afronta. Enfim, nada de novo numa estação de televisão, que, à semelhança das outras, dá hipocritamente grande destaque a casamentos e a nascimentos em famílias reais estrangeiras, nessas ocasiões frequentemente fazendo-se «representar» por enviados especiais…
Estiveram muito bem, e entre outros, André Azevedo Alves, Helena Matos, João Afonso Machado, João Almeida Amaral, João Gonçalves, João Vacas e José Maria Duque ao denunciarem a situação e ao condená-la. João Távora, actual presidente da Direcção da Real Associação de Lisboa, apesar de inicialmente hesitar em contactar directamente José Alberto Carvalho, acabou posteriormente por o fazer. Também protestaram a Causa Real e a Juventude Monárquica Portuguesa. Pela negativa, e como seria previsível, João José Cardoso mostrou o quanto é desprezível e eu não deixei de o apontar. Sempre que possível, devemos manifestar-nos através dos meios – de preferência pacíficos – que temos à nossa disposição. Porque «quem não se sente não é filho de boa gente». (Também no MILhafre.)

segunda-feira, maio 18, 2015

Outros: Contra o AO90 (Parte 11)

«GNR – Cadeira Eléctrica», «Soares, o optimista», «A regra e a “excessão”», «A excelente forma de Ricardo Salgado», «O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 aplicado às três pancadas», «O final do Verão, a Primavera e depois de Outubro», «As minhas reais preocupações sobre o fato», «Zeinal Bava e a irrelevância», «A “co-adopção” e as outras», «Portugiesisch für Anfänger», «O regresso das falácias convenientes» e «Ricardo Salgado refugia-se no desconhecimento», Francisco Miguel Valada; «”Excessão” de iliteracia», «Penso rápido (61)», «Vanguardismo de opereta», «Ignorância aliada à prepotência», «Reflexão do dia» e «Ninguém pára para pensar», Pedro Correia; «A desistência da língua», Inês Pedrosa; «Aquilino decerto seria um acérrimo inimigo do Acordo Ortográfico…», Paulo Neto; «A traição de Sócrates – provas irrefutáveis na carta enviada a Mário Soares», Rui Rocha; «Acabou a corrupção em Portugal», «Coimbra não é uma lição», «Uma escola sem contactos», «Jornal de Notícias e AO90 prejudicam alunos nos exames nacionais», «Bem prega o Ministério da Educação», «A Associação de Professores de Português reconhece que há problemas com o AO90», «Perigo no exame de Português de 12º - o acordo ortográfico», «Alarme social – meses com maiúsculas no site do IAVE» e «Não há cor-de-rosa sem espinhos», António Fernando Nabais; «A insegurança ortográfica» e «Os acordistas já não acordam», Fernando Venâncio; «Combate ao acordo ortográfico chega ao Windows 10», Carlos Martins; «E a História da língua? Faz-se tábua rasa, e pronto?», «Numa altura em que nova aCção destruidora ameaça a palavra escrita…» e «Como o Eusébio Macário…», Cristina Ribeiro; «Será necessário prolongar ainda mais esta amarga experiência?», «A minha identidade», «Tomar partido, sim!» e «Movimento ou Partido?», Rui Valente; «Uma chacina familiar», «”Cerimônias” e exames» e «Maravilhas da fonética», Nuno Pacheco; «O português degenerado», Fernando C. Kvistgaard; «O acordo ortográfico e a iliteracia» e «Carta aberta ao professor João Malaca Casteleiro», Duarte Afonso; «Evolução do Português por Cognatos», Isabel Coutinho Monteiro; «O AO90 não está escrito em pedra», J. P. Caetano; «Pare, escute e pense – da importância das palavras», Manuel Matos Monteiro; «Dia Internacional da Língua Materna – a nossa está em perigo!», Helena Mendes; «Vamos concordar em discordar», Boss AC; «Pela não aplicação do “Acordo Ortográfico” de 1990 aos exames nacionais», Ivo Miguel Barroso; «Acordês “à la carte” (1, 2)», «FLUP FLOP», «”Para sempre uma preposição”», «O AO90 e os direitos de autor na Universidade» e «Tomar partido», João Pedro Graça; «Uma cretinice», «O dado» e «Um cesarismo indesejável», João Gonçalves; «E é escrever assim, desacordadamente», José Morgado; «Uma situação inqualificável», Helder Guégués; «O Acordo Ortográfico vai ter que ser cobrado politicamente», «Depois da “presidenta”, temos a “modela”» e «Dever de desobediência à utilização do Acordo Ortográfico», Orlando Braga; «O acordo do aborto da Língua Portuguesa», Ana Coelho; «Defendendo o estupro da Língua Portuguesa», Hiroshi Bogéa; «Malaca Casteleiro merece bem um lugar na História», António de Almeida; «À maneira do freguês», Berta Brás; «Enquanto há língua há esperança» e «Alto e para o baile!», Ana Cristina Leonardo; «A necessidade de reflectir» e «Sob o signo da idiotice», Maria do Carmo Vieira; «Convite ao Ministro da Educação, a propósito do “Acordo Ortográfico” de 1990», Fernando Paulo Baptista; «O totalitarismo ortográfico», Luís Menezes Leitão; «A favor porque sim», J. Manuel Cordeiro; «”Enquanto há língua há esperança”», Isabel Mouzinho; «Não assassinarei a Língua em que escrevo», Maria Oliveira; «Intruso», José António Abreu; «Sobre o (des)Acordo Ortográfico na Língua Portuguesa», Abel de Lacerda Botelho; «Um des-Acordo Ortográfico», José Manuel de Sousa; «cRato (com “c” mudo) e a privatização do IAVE», Madalena Homem Cardoso; «O AO90 e a agricultura soviética», António Guerreiro; «O direito de ser atropelado», Maria Filomena Molder; «O Acordo Ortográfico - Rejeitar o absurdo», António Carlos Cortez; «O (Des)Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa – Uma agenda oculta (Uma abordagem na perspectiva da Ideologia Linguística e Análise Crítica do Discurso)», António Filipe Augusto; «Desobedeço! E tu?», Luís de Magalhães; «Não uso AO e ponto final!», Alexandra Rolo. (Também no MILhafre. Referência no Delito de Opinião.)                         

quarta-feira, maio 13, 2015

Ordem: Obrigatório o c*r*lh*!

Várias foram as «vozes do dono» colaboracionistas, não jornalistas mas sim escribas, que afirmaram que a partir de hoje, 13 de Maio de 2015, o Acordo Ortográfico de 1990 passa a ser «obrigatório» em Portugal. A todas elas eu respondo: obrigatório o c*r*lh*! Também há quem afirme que o período de «transição» termina só a 22 de Setembro de 2016. Mas não: o «aborto pornortográfico» não é obrigatório hoje, nem no próximo ano, nem no Dia de São Nunca à Tarde, quando as galinhas tiverem dentes ou quando o Inferno gelar…
… E, se acaso havia um «período de transição» que termina(va), esse era o de os «acordistas» – aldrabões, charlatães, candidatos a comissários culturais de água doce ou a ditadores de meia-tigela, iliteratos, «mais-papistas-do-que-o-Papa», mentirosos, neofascistas e neocolonialistas, vendedores de banha da cobra, vigaristas – desistirem definitivamente, a bem, de tentarem impor esta aberração. Há anos que diversos indivíduos e instituições, com destaque para a Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico e, sem falsas modéstias, eu próprio, vêm enunciando os faCtos que demonstram, sem qualquer margem para dúvidas, que o AO90 é não só ilegal (internacional e nacionalmente) mas também irracional, inútil, e até mesmo prejudicial, culturalmente. 
Pela minha parte, acabou a paciência; já não há pachorra para quem não quer ser sensato. Pelo que a partir de agora… as coisas mudam: quem (tentar) comunicar comigo com, e/ou vier defender, o «abortês» está por sua conta e risco. A mim ninguém me cala. Depois não digam que não foram avisados… Pensem onde está presentemente não o primeiro mas o principal culpado pelo cAOs corrente: no Estabelecimento Prisional de Évora, eventualmente a bater com os c*rn*s nas paredes. Justiça poética… e, de preferência, com a ortografia correcta.

sábado, maio 09, 2015

Observação: A «insultíssima» trindade

Muita indignação causou – em especial, compreensivelmente, junto dos jornalistas – que os três partidos portugueses do chamado «arco da governação» tivessem – através de outros tantos representantes (in)devidamente mandatados para o efeito – acordado numa iniciativa que, objectiva e indiscutivelmente, condiciona(ria) a liberdade de expressão e cria(ria) uma nova comissão de «exame prévio», de censura, à qual deveriam ser submetidos planos de cobertura das eleições legislativas de 2015 e que definiria e decidiria (d)as características dessa cobertura. Ainda por cima, tal aconteceu na véspera de mais um aniversário do 25 de Abril… perdão, «abril».
Mas… qual é o espanto? Qual é o escândalo? Acaso esta foi a primeira vez que PS, PSD e CDS, não a «santíssima» mas sim a «insultíssima» trindade desta terceira república, mostraram um total desrespeito pelas mais elementares regras democráticas? Evidentemente que não: tão ou mais grave do que est(a tentativa d)e condicionamento da comunicação social foi, e é, a implementação ilógica e ilegal do «acordo ortográfico de 1990», com a qual aqueles três partidos concorda(ra)m; porém, os directores dos órgãos que unanimemente (ou quase) se insurgiram contra uma nova «lei da rolha» não tiveram e não têm, com poucas excepções, a mesma atitude perante a subversão da língua portuguesa perpetrada pelos mesmos directórios partidários.
Não há certeza de quem teve a ideia de fazer aquela (mais uma…) acção de intimidação da imprensa, apesar de o PS ter sido apontado, outra vez, como o primeiro, ou principal, «culpado». O que não surpreende: afinal, trata-se do partido que se mostrou renitente à abertura da televisão à iniciativa privada, e que, com José Sócrates como primeiro-ministro, protagonizou alguns dos mais inquietantes episódios de assalto à liberdade de expressão em pelo menos 20 anos; é uma triste tendência de que António Costa, apesar de ser filho de uma jornalista e irmão de outro, já mostrou ser um (in)digno continuador, como o comprovou o SMS com injúrias e ameaças que enviou no dia 25 de Abril (!) a João Vieira Pereira, director-adjunto do Expresso, por este ter comentado desfavoravelmente o programa económico do PS; significativamente, Ricardo Costa não manifestou publicamente solidariedade para com o seu colega e «Nº 2», o que, ironicamente, vem justificar a sua disponibilidade, manifestada há um ano, em se demitir de director do jornal que já foi uma «referência» (deixou definitivamente de o ser depois de se ter submetido ao AO90) quando o «mano» sucedeu a António José Seguro no Largo do Rato. No entanto, note-se que (tanto quanto eu julgo saber) de nenhum dos órgãos de comunicação social portugueses veio o mais pequeno protesto contra aquela «comunicação» de Costa, preferindo aqueles dar destaque a um outro SMS que terá sido enviado por Paulo Portas em 2013…   
… O que veio confirmar, como se tal fosse necessário, que há membros da «trindade» mais insultuosos do que outros. O actual secretário-geral do PS não se pode queixar de ter má imprensa. Enquanto presidente da Câmara Municipal de Lisboa teve atitudes e tomou decisões controversas que, em circunstâncias normais, teriam merecido (mais) contestação e até condenação. Em especial as (pelo menos) duas – ilegais – discriminações por si deliberadas: uma afecta automobilistas cujo «crime» é terem automóveis velhos e não suficientemente «verdes» e que, por isso, foram proibidos de circular na baixa da capital... mas que centros de inspecção aprovaram; outra afecta turistas cujo «crime» é serem estrangeiros e que, por isso, são alvo de uma «taxa turística» que a Comissão Europeia considerou não estar conforme às leis europeias. Convém igualmente não esquecer: o iberismo demonstrado por António Costa quando, a propósito da final da Liga dos Campeões disputada no Estádio da Luz no ano passado entre Atlético e Real, foi a Madrid buscar uma bandeira espanhola; a sua apatia e mesmo fatalismo perante as inundações que ciclicamente assolam Lisboa; e o apartamento na Avenida da Liberdade em que ele viveu durante dois anos e que não respeita(va) as normas camarárias… A ver vamos se, num futuro próximo, e à semelhança do seu ex-chefe agora «hospedado» no Estabelecimento Prisional de Évora, ele também terá a sua própria congregação de «fiéis» em adoração permanente, com hino e tudo
Embora com diferentes protagonistas, a verdade é que a classe política que há mais de 40 anos nos (des)governa já excedeu há muito o seu prazo de validade… se é que alguma vez a teve. Os danos que causa não se circunscrevem à comunicação e à cultura, e as «emendas» de uns frequentemente não foram (ou são) melhores do que os «sonetos» de outros. Sim, o PS levou o país à falência; todavia, o PSD e o CDS, para o recuperarem, não hesitaram em permitir que partes significativas da economia nacional – em especial na banca (BESI), nos seguros (Fidelidade) e na energia (EDP) – passassem para as mãos de chineses comunistas, e que uma «camada» do território nacional – o espaço aéreo – seja agora controlado em monopólio pela Vinci, uma empresa francesa que adquiriu a ANA e que aumenta quando e quanto quer as taxas aeroportuárias. Entretanto, todos participa(ra)m no progressivo fortalecimento de uma máquina fiscal – agora designada Autoridade Tributária e Aduaneira – tão implacável e voraz na sua perseguição e extorsão totalitárias que, em processos «kafkianos» ou «orwellianos», chega aos cúmulos de penhorar alimentos a instituições de solidariedade social, e – numa demonstração do quanto as parcerias público-privadas propagadas pelo Bloco Central «a três» são imorais e prejudiciais – de actuar, para concessionárias de auto-estradas, como «agente de cobranças» de multas exorbitantes, por vezes aplicadas a quem não tem culpa (por já não ser, ou nunca ter sido, o proprietário do veículo assinalado) e, até, a quem nem idade tem para conduzir.
Este é, pois, um momento oportuno para perguntar: ainda haverá alguém que pense – e que (me) diga – que sou um «demente» por propor e defender a mudança de regime (de república para Monarquia) e, em consequência(s), a extinção do Grande Oriente Lusitano, a promulgação de uma nova constituição e também a extinção de todos os partidos que, desde 25 de Abril de 1974, tiveram assento(s) na Assembleia da República? (Também no MILhafre.