quarta-feira, agosto 03, 2016

Opções: Pela Praça do Império

Já assinei a petição «Preservar a Praça do Império é defender a Portugalidade», promovida pelo Nova Portugalidade, um grupo de cidadãos que tem como objectivo da sua actividade «o estudo, promoção e defesa do património material e espiritual da Portugalidade». Quem quiser fazer o mesmo deve ir aqui.
Lê-se no texto que apresenta e que explica a iniciativa: «(…) Os canteiros floridos da Praça do Império são, pese embora o desprezo que lhes parecem votar alguns espíritos menos avisados, um símbolo vivo, actual, da viva e actual globalização portuguesa. Representam-se ali, com os seus brasões de armas, os pedaços de Portugalidade que mais longamente se mantiveram ligados entre si; hoje, o jardim é testemunho forte de uma aventura colectiva que marcou o nosso passado e pode bem determinar o nosso futuro. (…) Não pode existir argumento financeiro, estético ou histórico que concorra para a destruição de algo tão belo e pleno de significado. Se avançar com o projecto de requalificação agora aprovado para a Praça do Império, a CML cometerá um crime contra Lisboa, o património nacional e a profunda amizade que mantemos com os povos da Portugalidade. Mais, tratar-se-ia de um crime contra a História e, portanto, contra o próprio país. (…)»
O tema, este texto e as expressões nele utilizadas como que ecoam outra petição, que subscrevi em 2013, e que também incidia sobre um elemento do património de Lisboa em risco – o cinema Odéon. Então escrevi: «Aparentemente, e infelizmente, o meu (modesto) apoio, tal como o de outros, não deverá ser suficiente para evitar a demolição. Que, a concretizar-se, será mais um crime contra o património nacional – não só da capital – cometido, ou permitido, pela Câmara Municipal de Lisboa, pelo seu actual presidente e pela sua equipa.» O «actual presidente» então referido é agora primeiro-ministro… e um dos elementos da sua equipa é agora edil da capital. Que, como que querendo mostrar ser um «digno» sucessor, prossegue igualmente a «política» de sacrificar a funcionalidade à estética (e os automobilistas aos ciclistas), da Avenida da Liberdade à da República. Para alguns as batalhas ideológicas estendem-se à relva dos jardins e ao alcatrão das vias. (Também no MILhafre.

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